Couro: Brasil participou da maior feira mundial do setor, em Hong Kong

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O evento central para o comércio mundial de couros encerrou-se nesta sexta-feira, 31 de março, em Hong Kong. A feira APLF Leather & Materials + teve a participação de 38 companhias brasileiras contando com o apoio do Brazilian Leather – projeto de incentivo às exportações de couros desenvolvido pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Além da pauta de negócios, os rumos e as tendências do mercado foram os principais pontos destacados pelos expositores brasileiros. “As semanas que antecederam a feira tiveram incertezas para o mercado, mas conseguimos fechar negócios nestes dias com valores adequados. A visitação foi boa, com pessoas concretamente focadas na compra de couros”, mencionou Rafael Mariño, gerente de exportações do Curtume Coming.

Para Diego Nimo, do Curtume Nimo, o alto nível internacional da APLF Leather é uma oportunidade relevante para a avaliação da competitividade e do panorama global do setor de couros. “Notamos que a tendência é, cada vez mais, agregar valor ao produto. Trata-se de um processo mais lento de relacionamento e resultado junto ao cliente, mas oportuniza a fidelização”, avalia. Para o Curtume Nimo, houve a sinalização de novos negócios na APLF Leather e a confirmação de contatos previamente estabelecidos.

Apucarana Leather, cujos principais mercados são os segmentos automotivo, de móveis e artefatos, teve uma visitação expressiva de clientes da China e Coreia do Sul. “Foi uma boa feira, com recepção a clientes já estabelecidos, em sua maioria, mas também novos contatos”, afirma Umberto Bastos Sacchelli Neto, diretor da empresa. A impressão de Sacchelli é compartilhada por Mateus Arantes e Francisco Arantes, do Curtume Cacique. Eles destacam que o relacionamento com clientes conhecidos é sempre um ponto positivo da feira, assim como a oportunidade de conhecer novos contatos.

Evandro Durli, presidente da Durli Leathers, avaliou a feira como positiva, percebendo o mercado mais aquecido e com uma demanda maior do que o panorama observado em 2016. “É preciso, no entanto, fazer um ajuste nos valores para que o couro brasileiro ganhe competitividade no mercado internacional”, destacou.