Couro do Brasil: perspectivas de US$ 7 milhões em exportações após ações do Brazilian Leather na Fimec

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Ações específicas para a exportação de couro do Brasil foram alguns dos pontos altos da 41ª Fimec - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes. O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) recebeu durante a feira uma comitiva de grandes importadores de couro da Rússia, Índia, Cazaquistão e Colômbia, que participou de atividades como rodadas de negócios com curtumes brasileiros e visitas técnicas. A iniciativa de trazer o grupo à Fimec integra o Brazilian Leather – projeto realizado pelo CICB em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). As rodadas de negócio realizadas com a comitiva e os curtumes brasileiros têm a expectativa de gerar US$ 7 milhões para os próximos 12 meses.

Participando da Fimec por meio do Projeto Comprador, dentro das ações do Brazilian Leather, o empresário indiano Pradip Wasan afirma que deve voltar a comprar couro do Brasil após conhecer curtumes nas visitas técnicas e participar das rodadas de negócios. Suas indústrias produzem 4 mil pares de calçados por dia, 10 mil jaquetas de couro por mês e 5 mil bolsas mensalmente. “No passado, importamos couro do Brasil, mas estamos há 10 anos sem comprar deste país. Agora, pude conhecer os curtumes daqui e ver que são indústrias grandes e modernas”, disse Wasan, que já realizou pedidos de amostras de couros em sua estada no Brasil.

Três importadores da Rússia e um do Cazaquistão chegaram à Fimec a partir de um projeto desenhado pelo escritório da Apex-Brasil em Moscou em parceria com o CICB. “Vimos uma oportunidade para o couro do Brasil na Rússia e começamos a buscar os compradores com maior potencial no país e na região”, disse Diego de Sturdze, à frente desta importante iniciativa no escritório da Apex-Brasil em Moscou. Com o projeto, foi possível trazer à Fimec a maior importadora de couros para as indústrias moveleira e automotiva, a maior importadora de couros para o segmento calçadista e a maior fábrica de móveis em couro da Rússia, além do maior produtor de calçados do Cazaquistão. Solete Foizer, gestora do projeto Brazilian Leather na Apex-Brasil, destaca que esta iniciativa pioneira de parceria com o escritório da agência na Rússia fortaleceu o setor do couro e abriu novas oportunidades de exportação para mercados diferenciados. “Na Rússia, a importação do couro bovino em 2015 foi de US$ 33 milhões. A participação do Brasil neste total ficou em torno de 4,4%, ou seja, há potencial de crescimento. Com o retorno positivo destas rodadas, devemos aumentar os negócios entre os curtumes brasileiros e os compradores internacionais”, analisa Solete.

Da comitiva independente da Colômbia, participaram das rodadas de negócios oito compradores de couro para o segmento calçadista. Luis Miranda Sierra é gerente administrativo do Pacific Group, que importa e distribui materiais para o setor. Ele elogiou a qualidade do couro brasileiro e afirma que já tem planos comprar o produto do Brasil.

Sobre o Brazilian Leather - Projeto setorial de internacionalização do couro brasileiro, o Brazilian Leather é conduzido pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Várias são as estratégias de consolidação do produto nacional em mercados estrangeiros - incentivo à participação de curtumes nas principais feiras mundiais ligadas ao ramo e missões empresariais focadas ao estreitamento de relações entre fornecedores brasileiros e compradores de outros países são algumas delas. Mais informações em www.brazilianleather.com.br