Predominantemente focada às exportações, a indústria coureira do Brasil inicia 2016 com boas expectativas. Para o setor, o ano deve marcar a retomada do ritmo de vendas para o exterior. Em 2015, apesar da queda de 23,2% nas exportações em relação a 2014 (no ano passado exportou-se US$ 2,2 bilhões, enquanto que no ano anterior foram mais de US$ 2,9 bilhões), o segmento registrou aumento no valor gerado, em reais, pelas remessas de couros e peles para o estrangeiro. No período, quando convertido para a moeda brasileira, os fornecedores ampliaram em 8,7% o montante originado pelas exportações. “A alta do dólar favorece, ainda que o mercado internacional esteja em baixa”, comenta o presidente executivo do CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil), José Fernando Bello. “Para este ano, com o dólar se mantendo valorizado, prevemos bom desempenho da indústria de couros e peles brasileira”, registra.
A tendência de alta do dólar iniciada em 2013 tem claramente beneficiado os exportadores brasileiros. A moeda americana que em 2013 valia, em média, R$2,17, em 2015 alcançou o valor médio de R$3,39, o que encorpou o faturamento em reais dos fornecedores de peles em 38,8%. Em 2013, os exportadores coureiros geraram cerca de R$ 5,5 bilhões em vendas. Em 2014, R$ 6,9 bilhões. No ano que passou, este valor atingiu a marca de R$ 7,6 bilhões.
Segundo Bello, os curtumes e fornecedores estão atentos às movimentações do mercado, por isso apostam na diversificação. “Investir em países que tradicionalmente compram matéria-prima do Brasil, como China, Itália e Estados Unidos é importante. Mesmo assim, já há outras nações que sinalizam interesse em nossos produtos, como Índia e Vietnã, o que amplia nossa presença no mercado mundial”, observa.
O Brasil é um dos cinco maiores players do segmento coureiro mundial. Possui 310 curtumes que produzem, anualmente, 45 milhões de couros.
Desde 2000, o país conta com um projeto integralmente focado à expansão global do setor: o Brazilian Leather. Conduzido por CICB em parceria com Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o programa desenvolve uma série de ações voltadas à consolidação da imagem da indústria coureira no exterior, entre elas missões empresariais, participações em feiras e divulgação do projeto na mídia.
Saiba mais em www.brazilianleather.com.br